segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Mentoring no processo decisório



Ouvir uma experiência vivida por outra pessoa pode causar diversas reações, mas invariavelmente temos duas variantes principais: empatia com a situação ou descrença da sua veracidade. Ambas as reações são consistente e devem ser aceitas, pois estão diretamente ligadas ao sentimento que nos liga a situação apresentada.
Então como primeiro foco é necessário estar atento e definir qual o agente do sentimento, e como que está relacionado com o processo de decisão.
Decidir é expandir o seu sentimento ao exterior. Você decide sim ou não baseado no julgamento que as informações disponíveis formataram no seu senso crítico.
Você decidirá pelo sim baseado na empatia com a situação e seu provável resultado. Você decidirá pelo não baseado na descrença da veracidade dos fatos apresentados e seu provável resultado.
É assim em 90% (noventa) dos casos. E boa parte das decisões estará equivocada independente da opção ter sido pelo sim ou pelo não. A resposta em si não importa. O importante é que você tomou uma decisão fundamentada nos sentimentos, nas emoções. Sentimentos comandam 95% (noventa e cinco) da nossa vida e mesmo assim estes são relegados ao segundo plano. Emoções nos acarretam mais prejuízos financeiros, econômicos e pessoais do que qualquer outra coisa.
Um processo de mentoring permite que você não se distraia com suas emoções, permite que você abdique de ser a estrela ao mesmo tempo em que toma para si um papel mais relevante no cenário de negócios da comunidade, superando e evoluindo além das aflições do ego causadas pela expectativa da aceitação do resultado. O sim ou não é irrelevante, pois o que lhe faz sofrer é a avaliação das pessoas sobre a implicação da sua decisão. E se você sofre é porque os sentimentos estiveram no controle de suas decisões mais tempo do que deviam.
Respirar é um dos processos automáticos que o nosso corpo executa para nos manter em atividade ou sob outro foco é a prova de que estamos vivos. Salvo em raras ocasiões como uma consulta médica ou ao mergulhar você não se prepara para respirar, tampouco se concentra para isso. Simplesmente respira. Automático.
Decidir não é automático. E não se espera que seja assim. É sabido que o processo de decidir é solitário. A última palavra pertence ao detentor do poder, o chefe da família, o dono da empresa, o sócio majoritário ou o principal executivo e esse mecanismo evidencia que a decisão em si é solitária. E precisa ser assim, caso contrário os debates e discussões se prolongariam e seriam intermináveis na tentativa de encontrar um ponto de consenso para cada assunto independente da grandeza que ele reflita.
Configurando os assuntos pela grandeza, ou seja, quanto uma decisão equivocada pode trazer perdas para a pessoa ou para um negócio é possível entender o porquê de analisar e saber a fundo sobre um assunto antes de tomar qualquer decisão.
Acessar informações é uma obrigação de quem terá que decidir e esta decisão, mesmo que solitária, pode ser analisada e refletida com base em processos construtivos de resolução usando o atendimento pessoal através da técnica do mentoring. O estudo aprofundado do assunto descarrega a tensão da decisão, pois dissolve o sentimento que existe dentro do contexto.
O atendimento pessoal num programa de tutoria não pode ser encarado como o momento de decidir, pois assim estaremos trabalhando a técnica de forma equivocada, subtraindo do indivíduo a capacidade de tomar a decisão.
Aproveite a relação criada com o seu mentor e expanda os caminhos, explorando a experiência e vivência desta relação para evoluir e construir uma vida nova.