segunda-feira, 15 de julho de 2019

2019 Global CEO Outlook by KPMG

Tive acesso ao material público que a empresa multinacional de auditoria e consultoria KPMG elaborou para 2019, com base em entrevistas com CEO’s de empresas também globais presentes ou não em nosso país. A metodologia apresenta o confronto do Brasil com os mercados sul-americano, latino e global. É interessantíssimo e, por isso, vou pontuar alguns detalhes que considero conectados ao dia a dia de qualquer empresa de qualquer porte. 
O título do relatório é “A era da liderança resiliente”. Só aqui já temos o indicativo do quanto essa palavra - resiliente (que eu considero um sinônimo da atitude mais importante na atualidade cotidiana das decisões empresariais e até pessoais) - demonstra como é importante estar preparado, ter consistência e firmeza de propósito. 
No âmbito do Brasil a grande expectativa, que sustenta um otimismo também grande, é com relação as reformas estruturais que um governo com norte liberal pode oferecer para transformar o que hoje é tido como estrutura econômica do país. As reformas serão a nossa base de sustentação, pois num país gigantesco e paquidérmico onde o governo espraia seus tentáculos em praticamente todos os setores é necessário que esse mesmo ente pesado e oneroso ao PIB seja o motor (e use muito combustível) para mover as engrenagens quase emperradas e quase gastas da nossa estrutura produtiva. Considerar produção apenas a indústria é um equívoco medíocre, além de ser simplista. Nossa estrutura produtiva, como em qualquer outro país, são as pessoas que trabalham e consomem. Não existe um setor que mova a economia, é apenas o consumo que faz isso e, em nosso caso, é necessário que seja em grande escala o que, sem dúvida, o maior consumidor da riqueza (o dinossauro gigantesco) também pode fazer. 
Em linhas gerais a pesquisa aponta que os CEO’s entendem que o ciclo de recuperação será consolidado em 36 meses salvo percalços, mas o trabalho até lá será imenso. É preciso avançar em tecnologia, especialmente em capacidade obter / garantir informações no / do mundo digital. A integração e integridade da empresa é um alvo a ser atingido, pois isso significa que todas as áreas da empresa devem falar a mesma língua, estar na mesma página e saber qual o objetivo do negócio. Nesse ponto existe uma referência cruzada com a pesquisa realizada no ano anterior onde a transformação no conceito de disrupção foi o cerne das respostas. 
O que isso nos diz para cenários de negócios locais, regionais ou até nacionais? Que os problemas que nos afetam são os mesmos das grandes corporações; que as decisões são difíceis; que a necessidade de acertar é imensa; que a obrigação de diminuir riscos é hercúlea; que é preciso estar preparado sempre; que lidar com o desafio diário faz parte do negócio; que ser consistente não é apenas opção, mas obrigação; que ter e usar criatividade é essencial; que aceitar a transformação nunca será igual a propor a transformação. 
Quem tiver interesse em receber o relatório é só buscar na web ou me peça que envio. 

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