sexta-feira, 29 de junho de 2018

Escolhas para o usuário do sistema público

O que torna o cidadão refém do estado é a impossibilidade de escolher. Explico. Quem escolhe o profissional que vai atender ao cidadão é o concurso público, ou seja, a capacidade de passar em uma série de provas. Essa definição será permanente por um longo ciclo, tirando assim a possibilidade do cidadão fazer escolhas por todo esse longo ciclo. E a que escolhas eu me refiro? A escolha simples por um médico, um professor, uma clínica, uma escola, um hospital, uma universidade. 

A evolução dos acontecimentos tecnológicos tem nos colocado um apetitoso mundo de opções. É possível optar por quase tudo. Fazemos escolhas de forma tão simples, tão prática, até eficiente, para uma infinidade de coisas. Menos nos serviços públicos. Esses são definidos por meio de concursos públicos que escolhem quem irá nos atender por um longo ciclo. Tudo muda, evolui, aperfeiçoa menos o serviço público no seu longo ciclo. 

Alguém nesse ponto da leitura pode estar pensando que o serviço público também está usando tecnologia. Sim, está! Mas não oferece ao cidadão a oportunidade de escolher. O serviço público e o seu longo ciclo de atendentes não nos oferece escolhas! As melhoras tecnológicas estão ligadas visceralmente ao que o outro grupo de limitadores de escolhas os eleitos, ou encostados nos eleitos escolhem por nós. Pense bem nisso: não existe possibilidade de escolha mesmo quando troca o inquilino na prefeitura, no governo do estado ou na presidência, o serviço sempre será atendido por quem está no longo ciclo. 
Eu tenho uma ideia que pode facilitar a vida dos inquilinos do voto e permitir a esses que façam a diferença que almejam fazer. A ideia é simples e óbvia! E de tão simples e óbvia parecerá impraticável, pois o costume de não fazer escolhas está impregnado no cidadão. Assim eu proponho ao cidadão que pense em si mesmo como usuário. Entendeu? Usuário da mesma forma que usa os infinitos aplicativos de celular. Usuário. Aquele que escolhe qual smartphone quer, qual aplicativo e, por isso, está acostumado a fazer escolhas. Certas e erradas. E, por fazer escolhas, quando acerta mantém e quando erra troca, muda, modifica. Agora entendeu? Você que lê isso pode se transformar em usuário de serviços públicos. Exemplos a seguir... 

Pense na escolha com a seguinte situação: você tem um cartão com crédito e pode escolher onde quer ir fazer a consulta oftalmológica. Isso mesmo. Com um cartão com crédito você pode escolher em qual médico você quer ir, pode escolher ir naquele médico que o seu amigo ou sua prima disse que é muito bom. E você vai lá e faz a consulta. Você escolheu. E se você gostou você indica para outras pessoas e retorna quando precisar, mas se você não gostou não precisa retornar. Escolhe outro e não retorna naquele médico onde não foi bem atendido ou acolhido. E isso serve para exames e todos os procedimentos que hoje são oferecidos de forma precária pelo serviço público, e pelos atendentes em seu longo ciclo. 
No parágrafo anterior eu disse que o usuário tem um “cartão com crédito”. O que seria esse cartão com crédito? Esse cartão é a autorização de consulta que será fornecida pelo órgão de saúde publica ao usuário cadastrado e qualificado para tal. Mediante o uso da tecnologia progressiva com tudo interligado não será necessário ir no local pedir uma ficha para atendimento. O pedido é feito em um aplicativo e é autorizado da mesma forma. Esse “cartão com crédito” pode ser usado em todos os locais credenciados, pois será garantido pelo serviço público. Não teremos mais a necessidade de atendentes em seu longo ciclo aprovando para que outros atendentes em seu longo ciclo forneçam um serviço de péssima qualidade. 
Hoje temos tecnologia para fazer isso tudo funcionar. E funcionando vai reduzir os custos como em todas as empresas privadas. E, como em todas as empresas privadas, as oportunidades para mudar, evoluir, aperfeiçoar serão permanentes, constantes e imediatas. A ideia, como mencionei antes, é simples e óbvia precisando apenas ser trabalhada em camadas de implementação com integração ao setor privado. Usei o exemplo da saúde por ser talvez o que mais apresenta defasagem em tudo, mas isso funciona para todos os serviços em que o poder público provém algum serviço e o cidadão pode fazer sua opção. 
Vale a pena pensar (ou sonhar) que os usuários são os melhores cidadãos pelo fato de terem oportunidade e capacidade de escolha o que é melhor para cada um.

POLÍTICA DAS CINCO REGIÕES QUÂNTICAS

Analisando com a prudência devida nosso país é certo que estamos com falhas enormes no entendimento das necessidades gerais. Em linhas gerais nossas necessidades são idênticas no país, nos estados e nos municípios. Precisamos atender 5 pontos claros: trabalho, saúde, segurança, educação e infraestrutura. São 5 pontos cruciais no horizonte mais próximo da população. É, em linguagem figurada, aquilo que o cidadão vislumbra da janela da sua casa quando mira o horizonte. Nada aponta para o atendimento dessa demanda no tempo de um ciclo de governo. Talvez em 10 anos seja possível sinalizar que o horizonte é atingível nos próximos 10 anos. Somos burocráticos e burocratizados, sinalizando que estamos emburrecidos de uma forma geral e isso deve ter fim urgente e rápido. 

Vislumbro como possibilidade de organização criar algo similar ao ‘mapa de calor’ que hoje é utilizado em análises no futebol. Essa forma de visualização permite entender como é o movimento que ocorre no modelo analisado. No cenário de negócios pode ser definido como a estratégia do oceano azul, mas ao invés de focarmos apenas nas possibilidades do oceano azul vamos tratar e detalhar o ensanguentado cenário competitivo nos entes federativos. 

Cientificamente somos uma base de dados gigantesca o que dificulta comparar qualquer coisa de forma a criar valor para uma decisão correta. A física quântica tem ensinado que reduzir, diminuir é um caminho, talvez até a solução. Como não vamos reduzir nossa área territorial ou demográfica sugiro usarmos modelagem quântica que nos encaminha para algo plausível de estudar. 

As cinco regiões do país serviriam para modular a base dados e criar massa crítica para estudar os fatores comparativos. A identificação de pontos que podem influir no crescimento de distribuição de oportunidades pode facilitar a decisão de onde é necessário investir primeiro. Esse é um modelo conceitual para ser replicado em todos entes da federação. E também em todos os municípios. Caso não seja feito dessa forma dificilmente teremos algum resultado que será significante. 

A política pública mais consistente é aquela que identifica os pontos nevrálgicos em cada esfera e estipula que devem ser tratados com a ação correta. Estabelecer critérios para pontuar a possibilidade de crescimento dos 5 pontos elencados acima usando bases de dados configuráveis a cenários regionais, estaduais e municipais é a melhor forma de obter resultados. 

Em resumo é possível comparar por ‘mapa de calor’ o que cada região dentro de um município tem a oferecer ou tem como carência nos 5 pontos, pois o resultado comparativo será mais positivo e de mais fácil atendimento do que pensar em atender município a município. É possível comparar por ‘mapa de calor’ o que cada região dentro de um estado tem a oferecer ou tem como carência nos 5 pontos, pois o resultado comparativo será mais positivo e de mais fácil atendimento do que pensar em atender estado a estado. É possível comparar por ‘mapa de calor’ o que cada região do país tem a oferecer ou tem como carência nos 5 pontos, pois o resultado comparativo será mais positivo e de mais fácil atendimento do que pensar em atender individualmente a todos os estados. 

Dados não são fáceis de analisar. É preciso identificar e certificar sua veracidade. Isso não acontece do dia para a noite. Isso não será feito em um ano. Mas é preciso começar e organizar. Os núcleos de trabalho precisam iniciar com a união criando as primeiras 5 centrais de captação de informações e geração de mapas. Eles servirão de teste e criaram os primeiros cenários dentro do campo de necessidades. Os dados serão cruzados utilizando bases de arrecadação de impostos, nascimentos e óbitos, registro de imóveis, registro de veículos, matrículas em estabelecimento de ensino, pagamento de aposentadorias, SUS, CAGED, FGTS. E todos os outros fornecedores de informações que sejam confiáveis. 

O trabalho é hercúleo, mas é viável. O ‘mapa de calor’ vai mostrar onde estão as maiores ocorrências para cada um dos 5 pontos. A sobreposição dos cenários vai identificar o desequilíbrio inicial e o que deve ser corrigido ou mantido. Vale a pena. Vamos avançar 50 anos em 4. Vamos visualizar a ampliação do horizonte a partir da janela de nossas casas indo além e muito além do ponto até onde a vista alcança. O trabalho é esse em linhas gerais. 

Estágio funcional ou como trabalhar para pagar os estudos.

O assunto é a simples apresentação de ideias para ajudar a modificar nosso país afim de sairmos da posição de reféns dos servidores públicos. Sou um entusiasta da meritocracia, mas entendo que nosso povo necessita de um grande ‘empurrão’.

1.    Ensino público gratuito garantido em parte: Como toda ideia precisa ser lapidada, mas em essência penso em criar um “Estágio Funcional Remunerado Obrigatório - EFRO” (não gosto de siglas, mas usei algumas) para todos estudantes beneficiados com o ensino público nas universidades de graduação ou escolas técnicas (seria algo como a ‘residência’ para os estudantes de medicina). As regras:

1.1. Todos os estudantes formados no ensino público ou subsidiado serão obrigados a prestar estágio (EFRO) no serviço público municipal, estadual ou federal.

1.1.1.   Essa obrigação visa quitar o pagamento parcial (50%) do seu Custo de Financiamento de Formação Estudantil Individual (preferencialmente) - CFFEI.
1.1.2.   O cálculo e o valor do CFFEI serão mantidos e atualizados bimestralmente pelo poder público federal.

1.2. A cada semestre os formandos que completarem o ciclo com a diplomação serão destinados ao trabalho conforme a necessidade estabelecida no Cadastro Nacional de Formação Estudantil – CNFE.

1.2.1.   O EFRO é caracterizado por um contrato de trabalho com prazo determinado e o vínculo é definido em 24 meses sendo possível adicionar mais 12 meses. Findo esse prazo o estudante terá quitado 50% do seu programa de financiamento estudantil e terá o desligamento imediato.

1.2.1.1.      As regras trabalhistas são regidas pela lei própria e pela CLT.
1.2.1.2.      O estagiário funcional terá sua remuneração baseada nos termos de funções e salários definidos no CNFE.

1.2.2.   As vagas para o estágio funcional no serviço público serão supridas preferencialmente no estado onde o formando indicar seu domicílio, podendo sofrer uma única alteração até 12 meses antes do concluído o ciclo de formação.

1.2.2.1.      A destinação dos melhores classificados para admissão no estágio será através da sequência município, estado e união, atendendo a ordem de preferência do CNFE.
1.2.2.2.      Não haverá possibilidade de escolha por parte do estagiário para local ou unidade da prestação do estágio funcional.
1.2.2.3.      Não haverá possibilidade de escolha por parte do estagiário para função dentro da área de formação do estagiário.

1.2.3.   Caso não exista necessidade / demanda o formando fica desobrigado e conquista o direito ao desconto proporcional.

1.2.3.1.      Concluída essa fase o diplomado terá a condição de financiar o saldo do seu CFFEI em condições privilegiadas com carência e juros subsidiados.

1.2.4.   Aqueles formandos que optarem por não participar do programa de estágio funcional deverão quitar em até 90 dias os custos incorridos durante todo o período de formação estudantil de forma integral sem subsídios.

2.    Primeira área para teste do funcionamento do EFRO: Fiscalização. Uma das maiores carências em nosso país é fiscalização. Análise de dados e atuação de campo, no local onde é cometido o crime.
2.1. Todos os estudantes formados em ciências contábeis, direito, engenharias formariam o primeiro grande grupo de fiscais;
2.1.1.   Em grupos de trabalho fiscalizariam obras públicas nas três esferas de governo;
2.1.2.   Em grupos de trabalho fiscalizariam sonegação de impostos.


3.    Segunda área para teste do funcionamento do EFRO: Educação, ensino fundamental e médio. Boa parte dos formandos saem das faculdades apenas com o conhecimento sobre as aulas, mas esse conhecimento pode ser bem aproveitado justamente na aplicação nos locais de ensino. É um saber específico sobre formação que com pouca lapidação pode ser efetivo.  
3.1. Todos os estudantes formados em ciências sociais, comunicação, psicologia, jornalismo, letras, educação física formariam o primeiro grande grupo de educadores do saber;
3.1.1.   Em grupos de trabalho forneceriam subsídios para crianças e adolescentes receberem o complemento de instrução conforme seu perfil e aptidão.
3.1.2.   Em grupos de trabalho identificariam as necessidades por região do tipo de ensino que deve ser aplicado de forma adicional;
3.1.3.   Em grupos de trabalho dariam atenção diferenciada para a necessidade individual de cada aluno com acompanhamento da aceitação e resultado.
3.1.4.   Em grupos de trabalho identificariam os potenciais expoentes em artes, esportes e ciências.



IMPLEMENTAÇÃO EFETIVA DO EFRO:

Com a implementação efetiva do programa incentivamos algumas coisas.
o   Que o estudo seja uma ferramenta de avanço para o indivíduo e para o estado como um todo;
o   Que o carreirismo seja descartado do emprego público;
o   Que a oxigenação das ideias seja permanente no serviço público;


COMENTÁRIOS:

Algumas coisas são simples para aplicação rápida dessas ideias, outras são mais complexas e demandarão ajustes.
Mas eu vejo uma possibilidade real de associarmos o incentivo ao estudo com o fim de um padrão de um vitimismo e coitadismo.
O fim do serviço público como forma de seguro aposentadoria vai diminuir um mal que assola nosso país denominados concurseiros, que sabem ser aprovados, mas não conhecem quase nada sobre trabalho.
O diplomado do programa EFRO será uma pessoa que terá tido em sua vida a experiência de servir ao povo. O que é parte fundamental na mudança de perfil de uma nação.

O diplomado do programa EFRO não será um cotista, bolsista e sim um cidadão formado em um programa de ensino amplo. 

terça-feira, 5 de junho de 2018

Planejamento tributário não é a mesma coisa...

... que planejar não pagar impostos! Um bom plano pode reduzir o desperdício fiscal e deixar no caixa da operação algo entre 3 ou 5 porcento sobre o faturamento bruto. Isso é uma economia considerada excelente, mas a má execução deste plano pode aumentar o custo final com autuações fiscais, além de multas e juros. Somando-se ao impacto econômico financeiro os reflexos que a inadimplência fiscal acarreta com os prejuízos cadastrais adjacentes.
Quando trato de planejamento tributário não me refiro apenas à escolha do tipo de tributação possível (presumido, real, simples), mas a especificidade de toda à cadeia tributária que impacta em produtos ou serviços, envolvendo os aspectos técnicos das variadas camadas fiscais. Um planejamento de tributos pode cobrir muitas opções complexas entre outras que são de simples execução, mas sempre será necessária uma atenção redobrada na condução das obrigações que não podem ser tratadas com imprudência em nenhum caso.
Por essa razão um planejamento mais elaborado se torna viável para algum negócio que esteja no patamar de faturamento acima de 6 milhões ao ano. Abaixo disso talvez o nível de controles e organização seja superior ao necessário no dia a dia da empresa, inviabilizando o funcionamento regular e a execução correta do próprio planejamento.
A profissionalização da gestão é a única forma de qualquer planejamento tributário dar certo e, mesmo assim, ainda grandes serão os cuidados necessários para chegar ao ganho final projetado e esperado.
Fica o alerta implícito no título desse texto: se for para não pagar não gaste tempo e recursos com planejamento. 
Sorte, sucesso e conte comigo! 

sexta-feira, 1 de junho de 2018

Profissionalização da gestão em conceitos

Esse é o pior assunto para escrever. É um assunto emocional, passional. Seria fácil descrever uma lista de erros possíveis numa gestão não profissional. Mas não é bem esse o ponto que eu pretendo abordar nesse momento.
Entender como conectar o conceito de profissionalização com o conceito de gestão pode ajudar a abrir uma porta de livre trânsito com menor impacto emocional, diminuindo a passionalidade da dura decisão. Voltarei à essa dura decisão logo mais. Antes vou estabelecer um entendimento objetivo sobre as expressões profissional e gestão.
Profissional é designação concedida para quem é treinado e domina algum tipo de conhecimento ou técnica específica. Com essa capacidade o profissional conduz a execução da atividade a ele conferida de forma a obter o melhor resultado possível, utilizando o conhecimento adquirido pela própria preparação e experiência no cumprimento da tarefa. Isso tem que ficar claro. O profissional não tem dúvidas sobre o que fazer, mesmo tendo opções do desenvolvimento da tarefa ele sabe conduzir os rumos da atividade na busca do resultado. Repito. O profissional sabe o que está fazendo, pois está preparado. Ser profissional é, acima de tudo, não ser amador (aquele que ama a dor).
Gestão é o processo de permanente criação de condições para que o profissional desempenhe sua função e melhore continuamente. É um processo que avança no dia a dia junto com o desenvolvimento do negócio. É o processo que permite à empresa crescer e criar a necessidade de mais profissionais com ainda mais qualificações, habilidades, conhecimento e competências para atender as tarefas que serão mais complexas, dinâmicas e desafiadoras na mesma medida em que o negócio expande seu tamanho. Mas não é apenas isso. Gestão é o processo de indicar o caminho e conduzir à jornada. Mas não é apenas isso. Gestão é o processo de se autogerir até o ponto onde o próprio limite da competência cria o entrave do processo. Será esse o principal desafio profissional na gestão
A conexão entre o conceito de profissional e o conceito de gestão é mais do que olhar para tudo e fazer tudo, esse é apenas o papel de um entendido no desempenho de uma função. A conexão mais importante é saber ser responsável o tempo todo, principalmente, no momento de encarar a decisão mais importante do gestor. Aquele momento em que é necessário olhar para à porta sem passionalidade, mas com todo a responsabilidade necessária para tomar a mais importante dura decisão para o negócio: a profissionalização da gestão!

Sorte, sucesso e conte comigo!