quinta-feira, 19 de julho de 2018

Empresa familiar: aspectos emocionais

Uma empresa familiar sempre viverá as voltas com as voláteis emoções e suas consequências. Se uma família é uma conspiração de sentimentos desenfreada, imagine adicionar a isso um empreendimento. Independente de gostar ou não é preciso entender que é assim e será assim até que mude. E mude, nesse caso, necessita ser tratado na conjugação correta do verbo: mudem! Todos.
As coisas não são simples em família. Nunca foram e nunca serão. Podem estar calmas, mas são equivalentes as chuvas de verão, e a tempestade está sempre no horizonte! Ao mesmo tempo o nosso medo da solidão, a afinidade, o carinho, entre tantas coisas nos condiciona a ficarmos próximos ou perto o suficiente para aproveitarmos sempre a parte boa.
Um dos pontos que saliento e que causam boa parte da confusão é a individualidade que abordei em outra postagem. A forma como a individualidade é tratada dentro do grupo de controle familiar normalmente causa as principais e mais severas desavenças. No âmago das decisões proclamadas pelo abuso do poder dentro do grupo de controle familiar (abordei na postagem sobre os limites do poder) temos a geração das maiores crises de ciúmes que afetam diretamente o negócio e derivam para a família.
Esse é o cenário. Esse é o desafio. E, por isso, também que resolvi escrever essa série de pequenos artigos onde pretendi deixar claro que as pessoas carregam sempre consigo seus medos, inseguranças, capacidades, virtudes, conflitos e definições, que caracterizam sua personalidade, seja no convívio familiar ou no desempenho de funções. E é a soma de todas as personalidades que tecem a rede onde uma empresa familiar emerge e se desenvolve. Não é simples. Não é fácil. É um trabalho hercúleo. Mas é um trabalho que para dar certo necessita de todos individualizados, mas unidos!