Nenhum negócio é tão familiar ao ponto de caber toda a família, por mais honesta, dedicada, amistosa e carinhosa. Uma empresa precisa de capacidade, conhecimento, compromisso e desempenho antes de qualquer outra coisa.
A situação mais desgastante que um empreendimento familiar passa é no momento em que deve demitir um membro da família que tenha funções na empresa, pois essa é uma situação que pode demorar meses e, em alguns casos, até anos. O desgaste é por vários motivos sendo o principal o acumulo de tarefas que causa nos demais membros da equipe que sempre se veem na situação de cobrir as falhas do incompetente.
O membro da família que tenha funções na empresa tem duplo compromisso. O primeiro é ser um exemplo de retidão, dedicação e comprometimento independente da função. O segundo é ser um ávido e contumaz consumidor de conhecimento, aperfeiçoamento e capacitação. Sem estas duas simples premissas o ambiente que esse membro criará na companhia não será saudável para o empreendimento e nem para o grupo familiar.
Além das premissas anteriores o membro família que tem funções ou cargo na empresa deve sempre estar em equilíbrio com o que mercado oferece. A baliza de ganhos e benefícios por função é o que o mercado oferece para os casos similares. Não é a circunstância de membro da família que define seus ganhos pelo trabalho, isso é definido pela sua posição no grupo de controle e sua parte na distribuição dos resultados.
Ao grupo de controle cabe equalizar se a função é desempenhada dentro dos padrões esperados pelo membro da família. Não se deve cobrar em demasia ou tolerar que seja entregue menos do que esperado, pois a companhia depende de cada peça na sua melhor performance para obter o resultado esperado que, sem dúvida alguma, é o crescimento do negócio e o lucro.