Normalmente não abordo nos textos do blog o contexto da economia no momento atual, presente. Entendo que o cenário é muito dinâmico e complexo para ser abordado em poucas palavras. Também porque o foco da minha produção de informações é para a melhoria constante do aprendizado de quem lê e, assim, não percebo como produtivo abordar o cenário do momento presente em análise pontual, além de que isso é explorado por inúmeros meios de comunicação, comentarista e debatedores.
Vou, excepcionalmente hoje, pontuar o que entendo como importante para sobreviver a este período que tem se mostrado caótico. Mas, é claro, sempre adicionando e explicando conceitos, pois só assim é possível construir a base de conhecimento que propicia a tomada das melhores decisões.
Sobre o cenário econômico atual é necessário entender que estamos experimentando o caos e não uma crise. O que difere um do outro é a quase impossibilidade de definir o que originou a ruptura do sistema e, assim, sem definição da origem de um problema é incoerente sugerir um caminho que seja seguro a seguir.
A crise tem por característica mostrar sua origem e isso facilita analisar opções de caminhos a tomar, pois por mais profunda que possa ser a situação sempre é possível pensar em soluções para aplicar no curto ou médio prazo. Já no ambiente caótico não temos uma origem clara, visto que variados fatores estão em desordem, movimentação ou mudança e, desta forma, impedem a identificação de um caminho.
Essa característica de confusão, impermanência e desordem no estado de caos é o que dificulta pensar as possíveis áreas de escape. Num ambiente onde a confusão e a desordem estão instaladas o que prolifera é a generalização e pasteurização de ações de saída. E quando as soluções discorridas não são especificas para um tipo de dificuldade analisada o risco de não sobreviver é aumentado em grandes proporções.
Então, como orientação para o momento atual, sugiro a imersão nos próprios números. Rever o que se tem mapeado como situação crítica ou problema. Abrir os olhos, ouvidos e aguçar todos os sentidos para captar as mais sutis variações que possam indicar mais risco ou alguma oportunidade. Essa linha é tênue e permeada de perigos. Esse momento não é para mudar o foco ou para altas doses de ousadia. Esse período é de concentração extrema, total e permanente naquilo que garante a sobrevivência.
Se na sua empresa o tema de casa já foi feito ou está em andamento ouse ser prudente, ouse ser rápido, ouse ser intuitivo. Mas se o tema de casa ainda está pendente a ousadia deve ser no sentido da única mudança que pode e deve ser feita nesse momento que é tornar crível a própria geração de informações, pois nada pode ser mais útil num período caótico do que ter a própria saúde sob controle.
Não esqueça que o caos é diferente da crise especialmente no que pode ser considerado como ousadia. O que é recomendado em tempos de crise não se aplica da mesma forma na vivência do caos. E a explicação vai numa imagem bastante original: se na crise você precisa de um colchão de segurança para dar aquele salto, no caos você precisará de um paraquedas.
TEORIA DA OBVIEDADE - 2 principais observações: (a) Em qualquer problema ou situação tudo muda exceto a resposta ou resultado; (b) Ninguém enxerga o que está além de uma escolha que não compreende. - Conselho: Seja óbvio, por vontade própria, em 50% do seu tempo que os outros 50% serão bem mais fáceis.
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