quinta-feira, 30 de abril de 2020

Como é o elefante?

Olá. Bom todo dia! 

Nessa altura dos acontecimentos acredito que todo mundo assistiu, ouviu ou leu conselhos sobre tudo. Eu sou um desses, mas agora há pouco corri o olho pela estante e encontrei um livro (vou reler) que há muito tempo não abria. Peguei, abri e encontrei uma coisa que me fez lembrar o porque gosto tanto do que faço. 

O livro inicia o primeiro capítulo com uma fábula que transcrevo abaixo. 

Eram seis homens do Hindustão 
Inclinados para aprender muito, 
Que foram ver o Elefante 
(Embora todos fossem cegos) 
Que cada um, por observação, 
Poderia satisfazer sua mente. 

O Primeiro aproximou-se do Elefante, 
E aconteceu de chocar-se 
Contra seu amplo e forte lado. 
Imediatamente começou a gritar: 
Deus me abençoe, mas o Elefante 
É semelhante a um muro”. 

O Segundo, pegando na presa, 
Gritou, “Oh! O que temos aqui 
Tão redondo, liso e pontiagudo? 
Para mim isto é muito claro 
Esta maravilha de elefante 
É muito semelhante a uma lança!” 

O Terceiro aproximou-se do animal 
E aconteceu de pegar 
A sinuosa tromba com suas mãos. 
Assim, falou em voz alta: 
Vejo”, disse ele, “o Elefante 
É muito parecido com uma cobra!” 

O Quarto esticou a mão, ansioso, 
E apalpou em torno do joelho. 
Com o que este maravilhoso animal 
Se parece é muito fácil”, disse ele: 
Está bem claro que o Elefante 
É muito semelhante a uma árvore!” 

O Quinto, por acaso, tocou a orelha, 
E disse: “Até um cego 
Pode dizer com o que ele se parece: 
Negue quem puder, 
Esta maravilha de Elefante 
É muito parecido com um leque!” 

O Sexto, mal havia começado 
A apalpar o animal, 
Pegou na cauda que balançava 
E veio ao seu alcance. 
Vejo”, disse ele, “o Elefante 
é muito semelhante a uma corda!” 

E assim esses homens do Hindustão 
Discutiram por muito tempo, 
Cada um com sua opinião, 
Excessivamente rígida e forte. 
Embora cada um estivesse, em parte, certo, 
Todos estavam errados! 

Esse trecho foi extraído do livro Safári de Estratégias – Um roteiro pela selva do planejamento estratégico, Ed. Bookman – 2000. Henry Mintzberg, Bruce Ahlstrand, Joseph Lampel. 

Depois de todo tempo empenhado em assistir, ouvir e ler resta talvez como certeza "que todos estão certos, pois estão todos igualmente errados...". Penso que essa dúvida será uma companheira constante neste ano e, talvez, por ainda mais tempo. 

Qual o próximo passo? Quem sabe será interessante descobrir como é, de verdade, o elefante! 




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Marcio.Moraes@InteligenciaTodoDia.com


Teoria da obviedade

Em qualquer problema ou situação tudo muda exceto a resposta ou resultado”.


quinta-feira, 23 de abril de 2020

ROX experiência sensorial - faça o dever de casa

À experiência sensorial é fundamental! Mesmo com muita tecnologia nem tudo pode ser online, nem tudo pode ser app, nem tudo pode ser ecommerce, nem tudo pode ser delivery

À experiência sensorial ainda é o que movimenta o mercado. Nossa mente e nosso corpo fazem registros para cada experiência sensorial vivida, elas ficam armazenadas por longo, longo tempo e auxiliam ou interferem em nossas opções e decisões diárias, muitas vezes até de forma imperceptível. 

É o ROX em plena atividade. 

Uma pesquisa publicada pela PwC em 2018 constatou que 90% dos consumidores brasileiros querem uma boa experiência de compra, que impacta diretamente no total de gasto e na fidelidade futura; 68% dos consumidores brasileiros anseiam por interações humanas nas suas experiências de compra à medida que a tecnologia avança; 47% dos consumidores brasileiros abandonam uma ‘marca’ após 1 (uma) experiência negativa e 40% após algumas, e isso pode significar o fim do negócio. 

Antes de continuar preciso deixar claro que sou usuário contumaz de tecnologia, pois o trabalho que desenvolvo deu um salto inacreditável (algo como o ‘duplo twist carpado’) com o uso intensivo de uma ferramenta de B.I, que me possibilita estar online e que uso para produção (app) e apresentação (delivery), ela não me exclui, ou substitui no processo. Isso explicado sigo. 

À escolha que será feita agora, no curto prazo, nos próximos meses, tende a sacramentar o destino de muitas empresas em solo brasileiro. Por quê? Porque a maioria dos negócios que mantinham alguma reserva de liquidez estão queimando isso nesse exato momento, assim o custo do capital 'emprestado' aumentará pela intensa procura o que propicia outros impactos indiretos: diminuição da oferta e adição de mais empecilhos para acesso. 
O capital que financia operações será direcionado, como sempre, para o menor risco. Portanto o momento agora é para avaliar com cuidado onde apostar as fichas no novo percurso, o potencial de negócios online, ecommerce e delivery precisa ser muito bem mensurado. 

Tenho observado com atenção quais são os caminhos que estão sendo sugeridos e ofertados como alternativa para empreendedores e fico preocupado. Tecnologia é ferramenta, é apenas uma ferramenta, é um excelente meio para facilitar à experiência, mas não é à experiência. Não é possível esquecer ou relegar isso. E fica ainda mais evidente com o propósito da pesquisa que apontei acima. 

Sobre a pesquisa mesmo sendo de 2018 acredito que é válida, mas penso que se fosse reeditada nesse momento apresentaria um número mais baixo, algo como 60% (frente aos 68%), mas o motivo é basicamente o medo do coronavírus, que é diferente em essência daquele motivo original que molda as nossas relações de consumo, pois são motivações extremamente sensoriais, principalmente, no envolvimento pessoa & pessoa. 

ROX – Return On eXperience (título deste artigo) é o Retorno da experiência do cliente & do funcionário em relação a empresa ou a marca
ROX é uma abordagem analítica criada pela PwC com objetivo de facilitar a compreensão do que pode, e talvez deva, ser feito para aprimorar à experiência do consumidor. 
Se você já sabe como seu consumidor se relaciona com sua empresa use isso fornecendo a melhor experiência mesmo que ainda não exista consumo. É nesse momento que o funcionário treinado, capacitado faz diferença na equação do ROX
À experiência do cliente está diretamente ligada com o que o atendimento oferece e é por isso que a pesquisa apontou 68% de interesse na interação humana durante o processo de consumo. 
Às experiências com autoatendimento de checkout (tecnologia de ponta) em centros de compra começaram a funcionar bem, obtendo êxito, quando os equipamentos foram situados ‘dentro do ambiente’ de checkout tradicional, sendo uma opção integrada e não uma diferenciação excludente. 
À venda online seja ela como for não é uma experiência sensorial completa e sob controle. 

O ROX é uma métrica de B.I, sendo assim é praticamente individual para cada empresa. Essa medida, que conecta o fornecedor ao consumidor no processo de consumo, é avaliada através do comportamento de cada um na relação direta com a empresa, com a marca. É fácil de fazer isso com poucos recursos? Não, é claro que não é! Mas algumas coisas podem ser preparadas para facilitar isso, e todas estão vinculadas ao seu processo de CRM, caso não tenha um preocupe-se e faça alguma coisa para mudar isso... CRM é dever de casa! 

Penso que nesse estágio dos negócios, com assessorias de marketing para cuidar de redes sociais proliferando por todos locais, já é possível receber de forma organizada uma análise sobre o resultado de qualquer ação mercadológica que seja feita. O próximo passo é medir a lealdade dos consumidores usando uma pesquisa como o NPS
Existem muitas outras formas de avaliar o que o consumidor ‘pensa’ ou ‘sente’ com relação a empresa e todas são válidas. A Renner usou o seu ‘painel encantômetro’ e tirou excelentes informações com apenas 3 botões e uma pessoa, em outras situações uma pesquisa simples num folheto já produz resultados interessantes... desde que seja constante! O consumidor muda de humor na mesma velocidade que um carro de fórmula 1 cruza uma reta. 

O CRM fornece uma parte da equação do ROX. A outra parte vem do RH (aquele setor que cuida das pessoas da empresa). Sem uma política de capacitação e aperfeiçoamento direcionada às pessoas que trabalham na empresa todo o resto é tempo perdido. Perceba que não é apenas um atendente, um consultor comercial que se relaciona com um consumidor. TODOS os funcionários se relacionam com observadores da empresa, da marca de forma direta ou indireta. 
É preciso que o RH seja atuante, propositor, cooperativo, conciliador e receptivo porque essa é a incumbência daqueles que têm, no processo dos negócios, a missão de cuidar das pessoas.

Recordo que cuidar significa, também, atender suas necessidades com dignidade e perspectiva... outro dever de casa!

Depois da preparação vem à conquista. O que, nesse caso, são os dados obtidos sobre como as pessoas se relacionam, interagem com a empresa, com a marca. Com dados temos material para criar informação que possa ser analisada, temos o ROX. Desse ponto em diante é análise, adequação, ajuste, B.I sempre, todo dia B.I, outro dever de casa! 

Encerro esse texto (que ficou bem longo) e informo que ainda vou publicar no blog um auxílio ao dever de casa. Mas deixo algumas ideias que podem ser trabalhadas nesse recomeço (?), nesse retorno (?): localizar onde está a melhor experiência sensorial que ofereço ao meu consumidor? Onde estará quem vai consumir o que ofereço? E qual probabilidade do consumidor aderir de imediato a uma oferta nova?... dever de casa! 



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Marcio.Moraes@InteligenciaTodoDia.com


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sexta-feira, 17 de abril de 2020

Outras questões relacionadas ao tema


Olá, Bom todo dia! 


Algumas das dúvidas que me foram formuladas podem ser respondidas em temas que abordei em outros momentos. Assim vou relacionar a dúvida e indico o link para leitura específica. 

Como ter controle das finanças numa empresa familiar? Bom, a resposta é exatamente igual para qualquer empresa. O que muda é quando não existe estrutura de negócio na empresa familiar, pois isso dificulta em demasia o controle do caixa. Publiquei uma série de artigos sobre algumas ideias para organizar isso e começam com esse link - EMPRESA FAMILIAR

Outro ponto que está diretamente ligado ao tema é a distribuição de resultados, o esperado lucro ou o inesperado prejuízo. Nessa sequência de respostas sobre o Capital de Giro e o Fluxo de Caixa eu evidenciei que o objetivo disso é saber quanto e quando distribuir a sobra de caixa quando existe lucro contábil. Mas a formação do que nos leva a trabalhar para produzir o resultado positivo é abordado em outras publicações os links são os seguintes - QUANTO CUSTA O LUCRO - INFORMAÇÃO É TUDO - COMO ESCAPAR DA MORTE DO PRÓPRIO NEGÓCIO - CRESCER OU EXPANDIR

Uma pergunta curiosa foi sobre minha formação e atividade? Formação é contabilidade, mas também estudei muitas outras áreas que percebi complementariam lógica de interesse. E, dessa forma, eu não vejo como ser um bom gestor sem entender o porquê a contabilidade produz seus livros, seus relatórios. Escrevi uma série de artigos sobre isso com propósito exclusivo de auxiliar ao empreendedor chegar no entendimento mais claro sobre esse mundo - LITERATURA CONTÁBIL INTERNA - ORGANIZAÇÃO GERAL DE UMA EMPRESA - QUALIDADE COGNOSCENTE - PLANEJAMENTO E PLANOS - PROCRASTINAÇÃO

Complementando um pacote de formação que gera informações aprendi, com os diversos casos de consultoria que atendi, algumas questões que percebo como sendo importantes e complementares no uso do poder de decisão - QUEM MANDA EM MIM - CIÚME DA CAPACIDADE PESSOAL - QUERER CONTROLAR TUDO É DIFERENTE DE TER O COMANDO - COMUNICAÇÃO DE PLANOS - O DIA A DIA DA PRÓPRIA INCAPACIDADE -  E O BEN(MAL)DITO BENCHMARKING VOCÊ APLICA NA SUA EMPRESAVISÃO DE NEGÓCIO

E é claro leia também... os MEUS SERVIÇOS!


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Quarta questão: por que não consigo Capital de Giro no banco


Olá. Bom todo dia! 


Primeiro é importante salientar que banco normalmente não tem interesse em ajudar na estruturação do Capital de Giro. Ele tem interesse nas operações que auxiliem no Fluxo de Caixa. Isso ficando claro começamos a entender porque o banco cria muitos empecilhos para fornecer dinheiro realmente barato. 

Dinheiro barato significaria o que precisamente? Ele tem essa simbologia de ser barato visto que incide pouco risco no seu empréstimo, ou quando a oferta de garantia real é considerada sólida. O risco é o que determina toda operação. O banco não quer comprar o seu risco, ele quer manter o dele reduzido. 

Uma operação de estrutura de Capital de Giro pode carregar um risco moderado o que seria satisfatório para você, mas nunca para o banco. Em se tratando de Capital de Giro o banco só trabalha com baixo risco e com garantia real porque é uma operação de longo prazo, normalmente com carência para iniciar o pagamento. Por isso que é uma operação estruturante. 

Até agora expliquei e ainda não disse o porquê? Pois bem já que não dá para fugir o que vou escrever agora complementa o que escrevi acima, mas é preciso aplicar o conceito básico do CVCGCiclo de Venda do Capital de Giro. Sem esse conceito básico você não consegue compreender porque o banco não tem interesse no seu risco (se esqueceu leia lá e volte aqui). 

O banco quando faz análise de risco, do seu risco, o que ele vai querer saber é precisamente se o seu ciclo operacional vai gerar caixa no tempo suficiente para você saldar o compromisso assumido com ele, o banco. Quando analisamos números buscando apenas o indicador de risco só o que necessitamos é o número que vai surgir no final da projeção e esse é o ponto. 

Demorei, mas cheguei e agora vem o que importa. 

Se no momento em que você apresentar seus números ao banco você estiver no início, ou no meio, do CVCGCiclo de Venda do Capital de Giro é muito, muito provável que o seu indicador de risco seja elevado. Por mais que os ciclos anteriores, normalmente também apresentados ao banco, indiquem que as coisas ocorreram bem, isso tem um peso menor do que o ‘raio x’ atual. 

E desde quando tenho um início ou meio de CVCG? Desde sempre. Toda empresa tem um momento, ou mais de um, onde o capital está investido ou em transição. Você pode estar iniciando o abastecimento com novo estoque por exemplo, ou você pode ter efetuado alguma retirada de lucro. Os motivos dessa situação são vários, podendo ser momentâneos ou até permanentes. 

E, sempre que o banco constatar essa situação, ele vai bloquear o Capital de Giro e vai aumentar o preço (juros) para o Fluxo de Caixa com aquelas operações mais comuns tais como: desconto de duplicata; caução de cheque; vendor / compror; cheque especial; giro rápido.   


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quinta-feira, 16 de abril de 2020

Terceira questão: por que meu Fluxo de Caixa não funciona


Olá. Bom todo dia! 


Resumi essa resposta assim: porque o Fluxo de Caixa nunca funciona separado Capital de Giro. Nunca! 

Explico sendo ainda mais direto: sem dinheiro não se paga conta! 

Mas é claro que não é só isso. 

O Fluxo de Caixa é o fruto de muito trabalho. Muito trabalho diário. Repetido. Repetitivo. E é só assim que funciona por mais automatizado que seja. O Fluxo de Caixa é organizado – ordenado – limpo diariamente. 
Se você, na sua empresa, pensa em ‘operar’ o Fluxo de Caixa uma vez por semana, atualizando no final de semana, esqueça. É melhor nem pensar em gastar seu tempo fazendo isso. Só vai conseguir se estressar, cansar e aborrecer para produzir informações que não servem pra nada, sem utilidade. 

A vida útil do Fluxo de Caixa é 24 horas. Ele deve ser visto por dia, semana, mês e até trimestre, dependendo do perfil do seu negócio, mas ele perde a validade a cada dia que se encerra. E precisa ser analisado e ajustado a cada 24 horas
Novamente: o Fluxo de Caixa é o fruto de muito trabalho, muito trabalho diário, repetido, repetitivo e só assim ele é transformado na ferramenta de gestão que todo empresário precisa. 

Não tenho nem como pensar em estrutura de Capital de Giro sem considerar que o Fluxo de Caixa está atualizado, conferido e é confiável. Querer fazer isso é desperdiçar tempo precioso. Tempo que pode ser melhor empregado buscando negociações com bancos e outros agentes financeiros com juros de mercado, para ajudar a pagar as contas diárias. Aquelas contas que devem estar anotadas em algum lugar... 


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Segunda questão: o que é o Capital de Giro no Estoque Parado


Olá. Bom todo dia! 


O Capital de Giro no Estoque Parado é o Capital de Giro estagnado! Usei esta imagem na publicação sobre como calcular o Capital de Giro


Na imagem é possível observar a variação do estoque médio e do estoque parado. O estoque médio é aquele que movimentou dentro do mês e o estoque parado é o que vai permanecendo conforme os ciclos acontecem. Essa observação serve para muitas avaliações conforme o processo de gestão de cada empresa. Uma das avaliações possíveis é a que aponta o transcurso da programação de compras efetuadas em confronto com o planejamento de venda. 

O Capital de Giro estagnado afeta diretamente o Fluxo de Caixa e impacta no Resultado (lucro ou prejuízo), e esse impacto pode ser bem significativo. Imagine se a cada compra restar como não vendido 5% (cinco) do que foi comprado. Parece muito? No exemplo da figura sobrou 26% (vinte e seis). 

A observação do estoque é importantíssima, e é parte fundamental na estrutura do Capital de Giro. É normal que o estoque seja montado pela estimativa ou projeção de vendas, mas não faz parte dessa normalidade o estoque ser sobrecarregado pela expectativa e mantido pelo erro. Os erros possíveis são inúmeros sendo a maioria deles involuntários, contratuais, casuais ou por alguma fatalidade, mas um que acredito seja o mais grave é o erro no preço de venda. 

O erro no preço de venda é crasso, apertado e dolorido. É o erro que mais propícia a estagnação do estoque e, por isso, deixa marcas profundas na estrutura do Capital de Giro

E qual é o principal erro no preço de venda?

Escrevi sobre isso numa abordagem rápida do que é precificação e sobre os problemas do excesso de desconto. Esses dois problemas separados são graves, muito graves, mas ainda é pior quando ocorrem em conjunto na mesma operação, e os reflexos serão diretos no Fluxo de Caixa com o Capital de Giro estagnado


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Primeira questão: o que é o Ciclo de Venda do Capital de Giro


Olá. Bom todo dia! 


Destaco que não estou preterindo a forma usual ou os termos técnicos da ciência contábil, pois quem exerce a gestão usando as ferramentas contábeis (espero que todos) já está familiarizado com a dinâmica dos Ciclos (Econômico, Operacional e Financeiro). Eu desenvolvi uma forma de organizar e ordenar o cenário operacional com o objetivo de reduzir a necessidade de busca de financiamento externo (empréstimos). Ao mesmo tempo isso possibilita determinar uma possível distribuição de resultado / lucro. 

O conceito do Ciclo de Venda do Capital de Giro, como já expliquei na postagem original, é o período / tempo de vida de um produto na empresa (semelhante ao ciclo operacional). 
Ele deve ser considerado quando ocorre o primeiro desencaixe, isto é, quando o primeiro pagamento, devido pela compra do produto, é efetuado determinamos como sendo a data de início do CVCG
O próximo ponto importante é determinar a data final de vida do produto, que ocorre exatamente quando recebemos a última parcela do último item vendido
É importante entender bem isso: o CVCG inicia com o pagamento inicial / compra e encerra com recebimento total / venda. 
Este é o período em que o Capital de Giro estará total ou parcialmente empregado no estoque e, por isso, ele estará total ou parcialmente estagnado

Aqui cabe um esclarecimento que é determinante no quesito de automação das informações e explica porque não é possível fazer isso sem usar um sistema. É provável, aliás bem provável, que um produto seja reposto e isso crie dificuldades adicionais para determinar o CVCG de forma correta. Se o controle é automatizado é muito fácil e prático apurar isso (ou ao menos deve ser). 

Vamos ao exemplo prático: 

1. Compramos 100 unidades de um produto; condições de pagamento 25% no pedido e saldo em 21 / 35 / 49; Entrega em 40 dias; Atribuo o preço de venda (precificação) e tenho como condições usuais à venda em 3 x fixas no cartão de crédito (sem antecipação). 

2. Estipulamos a data de início em 14/04/2020. 

3. Verificamos, nesse momento, que três parcelas (¾) do Capital de Giro utilizado nesta operação ficará estagnado no mínimo por 40 dias. Vou demonstrar num esquema com valores onde a compra estipulada é R$1.000 

a. À vista (1/4) (-) R$250 no CG/caixa (=) R$0 produtos no estoque 

b. 21 dias (2/4) (-) R$250 no CG/caixa (=) R$0 produtos no estoque 

c. 35 dias (3/4) (-) R$250 no CG/caixa (=) R$0 produtos no estoque 

d. 40 dias          (-) R$0 no CG/caixa    (=) R$1.000 produtos no estoque 

e. 49 dias (4/4) (-) R$250 no CG/caixa (=) R$1.000 produtos no estoque 

4. Se às vendas atenderem uma expectativa otimista ocorrerá conforme segue: 

a. 30% dos produtos nos primeiros 7 dias = 47 dias após o início 

b. 25% dos produtos em até 30 dias = 70 dias após o início 

c. 20% dos produtos em até 60 dias = 100 dias após o início 

d. 15% dos produtos em 90 dias = 130 dias após o início 

e. O restante em até 180 dias = 220 dias após o início 

5. É aqui que começamos a entender o período / tempo de vida do CVCG. Vamos ao detalhe: 

a. A última venda foi efetuada 173 dias após o recebimento dos produtos à 213 dias após o início; 

b. Condições de venda efetivadas em 3 x no cartão (sem antecipação), isso levará o último recebimento para mais 90 dias o que será em 11/02/2021. 

c. Transcorrerão 303 dias desde a data de início do CVCG

Este é o caso de 1 (um) produto. Apenas 1 (um). E com CVCG bastante longo. 

Em uma empresa poderemos ter casos com CVCG reduzido ou até negativo. Isso determinará quantos ciclos e quantos dias por ciclo será mais adequado para montar o mapa do Capital de Giro renovável mensalmente. 

No exemplo (real) que usei no blog determinamos 6 (seis) ciclos, sendo o mais longo com 85 (oitenta e cinco) dias. Isso viabilizou planejar a possibilidade de retirada de lucros a cada 2 (dois) ciclos completos, justamente porque a renovação do Capital de Giro é rápida. A empresa estudada, naquele momento, apresentava excelente condição comercial o que foi determinante nessa definição. 

No exemplo (também real) que apresentei aqui, neste estudo resumido de caso, a situação é diferente. A condição final encontrada foi que determinamos 5 (cinco) ciclos, com uma característica incomum porque o ciclo mais longo tem 244 (duzentos, quarenta e quatro) dias. Com agravantes o que aponta para uma situação quase irremediável: 

a) excesso de liquidações / descontos = 35% (trinta e cinco) dos produtos foram vendidos abaixo do preço indicado; 

b) alto índice de trocas / devoluções = 14% (quatorze) de tudo que foi vendido sofreu com retrabalho comercial; 

c) sobras de estoque em 17% (dezessete) = excesso de Capital de Giro estagnado

É importante entender que essa análise de ciclos deve ser efetuada no mínimo 2 (duas) vezes ao ano, para mantermos atualizados as médias, e facilitar o entendimento do complexo cenário do Ciclo de Venda do Capital de Giro

Faço 3 observações sobre o método: 1) este exemplo apresentado aqui nesse tema específico não aponta nem a existência, tampouco, uma continuidade do ciclo; 2) é apenas a demonstração do que ocorre com 1 (um), apenas 1 (um) produto na sua própria linha de existência; 3) então alerto que antes de me questionar que o modelo está errado, pois tem que adicionar as contas a receber, etc... informo que isso é abordado quando trato do Fluxo de Caixa ou do Capital de Giro


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Respostas ao CAPITAL de GIRO e FLUXO de CAIXA

Olá. Bom todo dia! 



Me disponibilizei para responder algumas dúvidas sobre Capital de Giro e Fluxo de Caixa baseado nos conceitos que desenvolvi aqui no blog. Fiz isso nas redes sociais e esperava pouca ou nenhuma interação, minhas redes sociais são fracas e público muito pouco lá. 




Mas me surpreendi. Recebi quase 3 dezenas de perguntas. Algumas bem específicas, e até um pouco fora do que indiquei, responderei diretamente aos interessados. As demais vou detalhar um pouco aqui, mas o principal vai no blog (sei que ninguém tem tempo para ler, então quem tiver interesse busque o conteúdo) e, também, respondi a todos interessados diretamente. 




Primeira questão com 22 pedidos: o que é o Ciclo de Venda do Capital de Giro




Segunda questão com 18 pedidos: o que é o Capital de Giro no Estoque Parado


Terceira questão com 16 pedidos: por que meu Fluxo de Caixa não funciona


Quarta questão com 23 pedidos: por que não consigo Capital de Giro no banco

Outras questões relacionadas ao tema.  



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DESAFIO um GRANDE DESAFIO


Olá. Bom todo dia! 

Quero lançar um DESAFIO para empreendedores, empresários. 

É um GRANDE DESAFIO


Não considero que será simples nem fácil pôr em prática. Pensei nisso porque me parece que todos estão em busca de alguma novidade para superar a crise, não é mesmo? 

Tenho assistido uma quantidade enorme de lives, webinars e webcast. Ouvi diversos podcasts. Participei de algumas web conferências, cursos online. Legislação. Inovação. Varejo. Home office. Delivery. E-commerce. Local. Global. Novo mundo. Tecnologia, muita tecnologia. 
É claro que boa parte ou a maioria das ideias inovadoras não são práticas ou aplicáveis, mas algumas são muito, muito interessantes. É o bom e velho cada caso é um caso, e a melhor forma de descobrir o que serve ou não serve é olhando para dentro de casa. 

Mas mesmo com tanta variedade me parece tudo tão parecido. Fico com a impressão que ao seguirmos pelo mesmo caminho ficaremos todos iguais. Sairemos dessa situação diferentes se permanecermos como sempre fomos apenas com uma nova embalagem? 

É preciso mudar alguma coisa. Alguma coisa que faça a diferença real, verdadeira. Buscar algum caminho desconhecido (eu procuro o desconhecido por isso meu trabalho é esse). Com esse propósito pensei nesse DESAFIO. Ele é composto por duas partes e ambas são desafiadoras, imensamente desafiadoras! 

Primeira parte do desafio 

Faça um plano cuidadoso para aumentar o salário dos seus funcionários; planeje que o menor (*) salário pago na sua empresa seja R$4.000 (quatro mil reais); não posso sugerir qual será o maior, mas pense num número bem interessante e valorize a meritocracia. Para quem não sabe isso é engenharia reversa na prática porque para fazer isso será necessário crescer e, provavelmente, crescer muito! 
Planeje e busque esse objetivo aposto que você terá muitos aliados! 

Segunda parte do desafio 

Sei que para planejar e executar a primeira parte será necessário demitir algumas pessoas; os primeiros demitidos serão aqueles que pagamos de forma indireta (pense em todos aqueles que você não contrata, mas paga, e paga bem, e paga todos os meses, pois paga com os seus impostos), demita-os imediatamente; na sequência demita quem não quiser que isso aconteça! 

Isso é inovação! Isso é criatividade! Isso é fazer diferente! 

Convide seus amigos empresários, convide seus concorrentes, convide os empresários vizinhos, convide seus fornecedores, convides seus funcionários, convide seus clientes, convide todos seus ‘seguidores’ nas redes sociais. 

Convide e informe o motivo: - Vamos fazer uma demissão em massa! Vamos demitir todos aqueles que sugam nosso esforço; todos aqueles que consomem nossos recursos; todos aqueles que permitíamos que mentissem para nós porque não fazíamos nada. 

É um GRANDE DESAFIO ou não é? E qual das partes seria o DESAFIO

Acredito que, nesse momento, possa ser um pouco injusta essa questão, ou talvez até o DESAFIO. Mas pense, avalie o quanto que a segunda parte do DESAFIO representa como empecilho para considerar a primeira parte desse mesmo DESAFIO como um objetivo verdadeiro, real. 

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terça-feira, 7 de abril de 2020

A SOLIDÃO DA DECISÃO

A mensagem hoje é especialmente para empreendedores em Santo Antônio da Patrulha, cidade que escolhi para morar logo após à última (agora penúltima) crise... 


No sábado criei uma publicação nas mídias sociais Instagram e Facebook, mesmo que meu público não esteja lá (aliás, saberia eu aonde está meu público, meu consumidor, meu cliente?). 


Foi uma abertura para essa outra publicação nas mesmas mídias sociais. 


Ambas imagens nasceram para apoiar esse texto (que envio agora). O texto vai acrescido por uma outra imagem publicada no Instagram e a mesma imagem com o texto publicados no Facebook e no blog. 


Esse é o processo de construção de uma resposta a uma pergunta não feita. Responder antes de ser perguntado não é uma obrigação, mas é uma excelente preparação, ou um filtro, para aquilo que pode acontecer. 

Penso que estamos todos fazendo isso agora em nossas mentes. Respondendo às perguntas que são armadas pela incerteza, pela confusão, pela solidão e, talvez, pela agonia e até, provavelmente, pelo medo. O problema é que essas perguntas não vem com filtro, não são uma preparação para o que poderá acontecer, elas são apenas uma grande, imensa, gigantesca distração. 

É preciso buscar luz. E a luz vem. Ela vem para ajudar, para auxiliar a cada um de nós. É preciso confiar e agir. Confiar e agir. 

Vamos em busca da luz. 

O que a sabedoria popular nos traz? Que a experiência e o conhecimento são tão importantes quando o movimento e a inovação. 

Mas como é que se usa um ou outro, e ambos? E porque eu precisaria disso? 

Explicar o processo de construção de conhecimento, da sabedoria e da inteligência é a única forma. É impossível desconstruir algo que está em nossa mente. O que é possível é alterar o pensamento quando adicionamos aquilo que irá se sobrepor e, assim, ocupar o espaço que antes estava preenchido com outra informação. Da mesma forma o vazio do desconhecimento só é preenchido quando algo novo chega e ocupa esse espaço. 

Entender isso é ter inteligência. Inteligência é ter entendimento sobre coisas específicas, e quanto mais inteligência eu possuir, mais coisas específicas eu saberei e, assim, mais completo de sabedoria e conhecimento eu serei. 

Para tomar decisões preciso ter informação, logo eu necessito criar inteligência. Muita informação é a melhor forma de adquirir inteligência. Quanto mais informação e, por consequência, mais inteligência maior será meu conhecimento. 

Os assuntos em um negócio, em uma empresa são múltiplos. Precisamos ter conhecimento dos produtos, da circulação do dinheiro, das pessoas e suas emoções, das intenções do governo e seus agentes, dos concorrentes, dos nossos parceiros, do tempo e, agora, do vírus da gripe também. Precisamos analisar tudo isso e, ainda, precisamos decidir. É muita coisa. Sempre foi muita coisa. 

Você empresário, empreendedor invariavelmente é um tigre, um tigre solitário. Poucos conseguiram boas parcerias para dividir à busca por conhecimento. Aprenderam na dureza da experiência do “olho do dono é que engorda a boiada”. 

E agora será que você vai conseguir fazer isso novamente? 

Vai querer continuar fazendo isso sozinho, solitário. Sofrendo com os sanguessugas que querem drenar tudo aquilo que foi construído com tanta dificuldade, com tanto sacrifício, com tanta paixão. 

Pois saiba que enquanto você está agindo em algumas frentes para manter sua empresa viva, o sistema todo está pensando em como fazer você pagar por tudo que está acontecendo e ainda mais um pouco. 

Vamos sobrepor um pensamento? Vamos mudar ampliar o conhecimento? Pense nisso: 

O olho do dono é que traz confiança ao boi” 

Você está preparado para isso?

quinta-feira, 2 de abril de 2020

ORDEM-ORGANIZAÇÃO-LIMPEZA


Olá! Bom todo dia! 

Concluí a transformação da Inteligência Todo Dia em dezembro/2019, foi um processo longo que em algum momento irei contar no blog. 

Comecei a fazer divulgação porta a porta (ou e-mail a e-mail), apresentando de forma bem simples o que é B.I. Afinal o que eu quero é justamente simplificar o B.I, por isso uso o termo em inglês, apenas eventualmente uso a tradução. Penso que os monstros devem ser respeitados e amansados para não causar medo. 

O plano de marketing (colocar a marca no mercado, escrevi sobre isso aqui no blog) bem simples, objetivo. Falar diretamente com empresários, empreendedores. Mostrar como pode ser fácil enxergar o(s) negócio(s) de forma estruturada e bem apresentada, com análises e métricas diferenciadas. Nada sofisticado (mesmo que possa ser), apenas muito, muito útil. 

Aí surge o vírus da falta de higiene, expondo como a precariedade de cuidados sanitários pode paralisar o planeta! Incrível coincidência. Coincidência? Sim coincidência. Pois o que eu comecei a oferecer com a Inteligência Todo Dia é baseado no conceito que aprendi em 2004 e mudou minha forma agir. 



Isso é o que poderá salvar a população do planeta, e da nossa comunidade, porque o COVID-19 não é o último vírus que surgirá da precariedade sanitária. Ele é o primeiro que alcançou o status de pandemia histérica, apenas o primeiro. 



Essa é a coincidência. Ordem, Organização e Limpeza é o centro de todo o meu trabalho de Business Intelligence. É a única coisa que poderá nos diferenciar uns dos outros, ou criará as similaridades que nos aproximarão. Buscar por isso é o presente e é o futuro porque o passado mostrou que o caminho trilhado não apresentou bons resultados e, tampouco, apresenta boa perspectiva. 

Aproveito e volto ao propósito do B.I: Solucionar o problema de negócio! Pegar dados e produzir informação para facilitar a decisão. 

Serão muitos os problemas de negócio a resolver a partir de agora. 

Um problema de negócio é especial e vou dar o destaque que ele precisa, mesmo sem dados, análises, transformação e visualização. Cada empresa tem sua própria situação, mas é preciso olhar essa questão não apenas como um problema de negócio, mas talvez como uma possível solução para diversos problemas de negócios.

"Pessoas foram e continuarão sendo o principal caminho para fazer negócios". 

Caso seja necessário reduzir pessoal tome todo cuidado possível para avaliar o impacto que isso causará no médio prazo. Demissão significa desencaixe pesado imediato e, principalmente, perda da capacidade de gerar soluções. E o motivo é bem direto refletido em atividades acumuladas, o que não resolve nenhum problema, e cria outros. 

Para quem, eventualmente, é curioso adianto um detalhe da história do projeto que desenvolvo. É o momento em que decidi sobre lançar o produto. Isso aconteceu quando assisti ao filme do Queen, (spoiler) especialmente as cenas que envolvem a reunião sobre lançar Bohemian Rhapsody. Ali foi demonstrada uma visão de negócio que é extremamente clara, com propósito (não esqueçam que é um filme, os fatos reais podem ser diferentes, mas o interessante é aproveitar a compreensão consciente da mesma forma que nosso cérebro interpretou...) definido e um tratamento (aplicando I.T.D com OOL) aos dados disponíveis com a obtenção de muita informação essencial para tomar uma decisão, além é claro de produzirem uma das mais belas músicas da era de ouro do rock & pop. 

Faça mais! Faça melhor! Conte comigo

Teoria da obviedade 

Em qualquer problema ou situação tudo muda exceto a resposta ou resultado”.