Uma das
análises que sempre fiz em cada cliente que atendi foi quanto custava o lucro.
Não é uma conta simples, por isso criei um indicador que era ajustado com base
nas particularidades de cada caso facilitando a comparação entre diferentes
situações e, assim, eu obtinha a minha resposta.
As
premissas eram bem simples até porque eu não buscava um número financeiro real,
mas apenas uma referência percentual que me indicasse o tamanho do buraco.
Sim, mesmo usando a palavra lucro na maioria dos casos o que existia era um bom
prejuízo.
Alguns
dos pontos que entravam no meu indicador eram esses:
Estas eram algumas das questões fixas no levantamento e outras especificas completavam os dados para formar o índice.
- custos com direção estavam claros ou dissimulados;
- o dinheiro é sacado direto no caixa / banco;
- o cálculo de custo é confiável e mantido atualizado sempre;
- os preços de venda são cheios os descontados na tabela;
- a operação é ociosa ou está na demanda correta;
- quanto a sonegação representa no faturamento total;
- quanto representam as dívidas fiscais em relação ao faturamento total;
- quanto de despesas financeiras são pagas;
- quanto que as rescisões representam no faturamento total;
- quanto de inadimplência com fornecedores;
- quanto de inadimplência dos clientes;
- qual o grau de informalidade;
- quanto é pago aos serviços contábeis (interno ou externo);
- quando o balancete é apresentado;
- quanto é investido em treinamento da equipe;
- quantos parentes trabalham na empresa;
- quem faz a administração de vendas.
Estas eram algumas das questões fixas no levantamento e outras especificas completavam os dados para formar o índice.
Para quem
não sabe um indicador é o somatório de vários grupos aos quais são atribuídos
peso na composição da nota final. Então com todas as informações disponíveis se
tornava fácil entender o porquê de a empresa estar na situação em que se mostrava.
Mesmo sem
saber os critérios do meu indicador é possível entender que o lucro necessita
de bastante esforço para ser gerado em um negócio. Não é uma coisa simples. O
mais fácil é criar prejuízo, sempre. Numa análise fria é viável afirmar que as
empresas são montadas para produzirem prejuízo e a lucratividade, via de regra,
é o desvio padrão de um indicador.
Calcular o lucro não é apenas adicionar um percentual de expectativa na fórmula de preços, é bem mais que isso. O lucro atende ao profissionalismo com que ele é tratado, mesmo que esse profissionalismo seja amador ele deve ser verdadeiro. Boa sorte e bons lucros. Conte comigo!